29/04/25

Golpes e Bancos - Enfrentando os Golpes da Vida com Resiliência

        Um banco de madeira de frente para o mar é meu refúgio quando tudo desmorona. Aqui em Rio das Ostras, entre a Praça da Baleia na praia de Costa Azul e a faixa de areia, esses bancos são meu lugar especial. Não sei quantas vezes me sentei ali, após um dia difícil, apenas observando a cadência das ondas, deixando o som do mar acalmar meu coração.

O Inevitável: Nem Tudo Está no Nosso Controle

        Por mais que você se esforce para fazer tudo certo — gerenciando o tempo, as finanças e as emoções com cuidado —, algumas coisas vão dar errado. E isso está fora do seu controle. Como pai atípico, você já sabe que a jornada é cheia de imprevistos: um diagnóstico inesperado, uma crise na rotina, um conflito familiar. Mas aqui está a verdade: essas derrotas não devem te desanimar. Elas devem te preparar.

        Pense em um lutador de boxe. Você sabia que eles treinam a musculatura do pescoço para resistir melhor aos golpes? Eles se fortalecem não apenas para vencer, mas para aguentar o impacto quando o soco vem. Assim é o nosso emocional. Estamos nos preparando para sermos melhores pais, esposos e indivíduos — estudando finanças, buscando equilíbrio, crescendo na jornada da paternidade atípica. Mas, em algum momento, um golpe inesperado pode nos atingir. Saber o que fazer antes desse momento pode te salvar, mesmo quando estiver na lona.

Como Absorver o Golpe

        Quando a tempestade chegar, aqui estão algumas estratégias para não cair:

  • Desacelere: Se a situação esquentar, tente se acalmar. Uma saída estratégica — como ir ao banheiro — pode dar um respiro. Respire fundo, lentamente, contando até quatro na inspiração e na expiração.

  • Adie a conversa: Se possível, proponha continuar a discussão mais tarde, quando as emoções estiverem menos à flor da pele. Um simples “Podemos falar sobre isso depois?” pode evitar conflitos maiores.

  • Abaixe o tom: Se não der para pausar, fale mais baixo. Um tom calmo desarma tensões e abre espaço para diálogo.

  • Lembre-se do time: Você e sua esposa estão no mesmo barco, mesmo que, no calor do momento, ela não perceba. Vocês lutam pela mesma causa: o bem da família.

        Comunicação é a chave. Sua capacidade de se comunicar — com paciência, clareza e empatia — define o quanto você pode superar os desafios. Pratique isso, mesmo nas conversas mais difíceis.

Quando a Derrota Chegar

        Não vamos vencer todas as batalhas. Discussões familiares, escolhas financeiras difíceis, momentos de exaustão: em algum momento, você pode perder. E está tudo bem. O que importa é como você se levanta.

        Quando isso acontecer, encontre seu lugar de reflexão. Para mim, é o banco de madeira diante do mar. Para você, pode ser um canto silencioso da casa, uma caminhada ao amanhecer ou, se você crê em Deus, um momento de oração. Nesse espaço, não remoa a derrota, a palavra dura ou a dor. Foque no que é possível: o próximo passo, a próxima vitória.

        Cada um tem seu ritmo para aprender e crescer. Você está fazendo sua parte? Então está no caminho certo. Continue. Mas esteja pronto para os golpes, porque a resiliência não é só vencer — é saber se levantar.

Junte-se à Nossa Jornada

        Quero ouvir você! Deixe um comentário abaixo: qual é o seu “banco de madeira”? O que te ajuda a se reerguer nos dias difíceis? Inscreva-se na nossa newsletter para receber dicas semanais sobre paternidade atípica e técnicas de estudo diretamente no seu e-mail. E se quiser compartilhar algo pessoal ou pedir minha opinião, me escreva em goncalves.wainer@gmail.com. Sua história importa, e estou aqui para apoiar.

28/04/25

Não se distraia da sua vida real: um alerta para pais atípicos


        Se você é um pai atípico, como eu, sabe que nossa jornada é intensa. Queremos ser melhores em tudo: nas finanças, na saúde física, na saúde emocional. Mas, acima de tudo, queremos vencer aquela estatística assustadora: 4 em cada 5 casais com filhos atípicos enfrentam o divórcio. Aqui no blog, meu compromisso é trazer textos práticos e objetivos para te ajudar a construir essa versão de pai presente, resiliente e equilibrado. E hoje, vamos falar de um inimigo silencioso que rouba nossa energia: a
distração.

        Você já se pegou assim? Depois de um dia exaustivo, você senta no sofá, pega o celular e começa a rolar o feed do Instagram ou do TikTok. A intenção é “descansar”, mas, quando percebe, passou meia hora, uma hora, e você está… mais cansado. Seu corpo está parado, mas sua mente está a mil, processando cores, músicas, dancinhas, memes, notícias. Cada postagem é um estímulo novo, e seu cérebro trabalha sem parar para decidir: “Isso é interessante? É engraçado? Devo curtir ou passar?”.

        Meu amigo, sinto te dizer: isso não é descanso. É distração. E, para nós, pais atípicos, confundir essas duas coisas é perigoso.

Por que a distração é um risco?

        Famílias atípicas vivem um nível de estresse e cansaço que poucos entendem. O suporte que nossos filhos precisam, as demandas do dia a dia e a pressão para “dar conta de tudo” nos deixam esgotados — física e emocionalmente. Quando buscamos descanso, mas caímos na armadilha da distração, o resultado é pior: ficamos mais exaustos, menos presentes e, muitas vezes, frustrados.

        O problema é que o celular, com suas luzes e notificações, engana nosso cérebro. Ele promete relaxamento, mas entrega sobrecarga. E, enquanto rolamos o feed, a vida real — nossos filhos, nossa esposa, nossa saúde — fica em segundo plano. Como pai atípico, sei o quanto nossa presença é vital. Cada momento que nos distraímos é um momento que poderia ser investido em conexão, cuidado ou, simplesmente, em recarregar as energias de verdade.

A solução: esteja 100% presente

        Um livro que mudou minha forma de ver isso é 100% Presente, do Joel Jota (o link estará no final do post). Ele traz uma ideia simples, mas transformadora: “Esteja 100% presente onde você está”. Pense nisso. Se você está com seu filho, está realmente ali, vendo cada detalhe do que ele faz? Se está com sua esposa, está ouvindo de verdade? E, quando você descansa, está descansando de fato?

        Estar presente muda tudo. Quando você se dedica 100% a uma tarefa, seja brincar com seu filho, conversar com sua parceira ou relaxar, você faz melhor e sente mais. E isso inclui o descanso. Nada de rolar o TikTok enquanto “tenta” relaxar. Se for para assistir a um vídeo, assista com atenção, curta cada detalhe, mas não espere que isso te recarregue.

Como descansar de verdade

        Descansar é uma arte, e nós, pais atípicos, precisamos dominá-la. Aqui vão algumas dicas práticas:

    • Diminua os estímulos: Apague as luzes, desligue notificações. A luz azul do celular atrapalha o relaxamento e até o sono.
    • Leia um livro físico: Ler em papel (ou em um e-reader sem luz azul) é mais relaxante e ajuda a reter o que você lê.
    • Ouça música suave: Escolha uma playlist calma, com volume baixo, e deixe sua mente desacelerar.
    • Durma mais: Se puder, priorize uma soneca ou uma noite mais longa. O sono é o maior aliado do seu corpo e da sua mente.

        E, quando quiser se divertir, divirta-se de verdade! Assista àquele vídeo engraçado com atenção, ria, aproveite. Mas não misture diversão com descanso. Cada coisa no seu momento.

Um desafio para hoje

        Quero te propor um teste simples: agora, olhe ao seu redor. Encontre um detalhe que você nunca notou antes — uma textura na parede, um objeto na mesa. Esse exercício é um lembrete: a vida real está aqui, não na tela do celular. E, para nós, pais atípicos, estar presente é mais do que importante — é essencial.

        Nossa ausência tem um custo. Cada vez que nos distraímos, podemos sobrecarregar nossa esposa, deixar nossos filhos sem o apoio que precisam ou perder a chance de viver com intensidade. Por outro lado, cada momento de presença fortalece nossa família, nossa saúde e nosso propósito.

        Então, meu irmão, quando puder descansar, descanse de verdade. Quando for se divertir, curta cada segundo. E, acima de tudo, não se distraia da vida real. Sua esposa e seus filhos precisam de você — e você merece estar inteiro para eles.


        Quer saber mais sobre estar 100% presente? Confira o livro do Joel Jota no link: https://www.amazon.com.br/dp/8545203489. E me conta nos comentários: o que você faz para descansar de verdade?


21/04/25

Ser pai atípico sem se esgotar: um respiro de cada vez


        Um diamante bruto! É assim que vejo todo pai atípico que luta por sua família todos os dias tentando manter a moral lá no alto. Sei o turbilhão que ele enfrenta – desregulado, desorientado, desmotivado, mas com uma potência enorme. Não sou terapeuta, sou como você: um pai atípico querendo ser ótimo em finanças, saúde física e emocional, porque se toda família comum precisa dessas características, a minha família atípica precisa mais.

        E me diz, o que você diria para um pai atípico em uma primeira conversa? Eu diria certamente: “Cara, não surta!”

        Sim, isso mesmo. O caminho é difícil, o desenvolvimento não é linear, e ajustar as expectativas garante mais que sanidade – mas motivação. 

        Muitos pais se frustram esperando que a esposa volte a ser a namorada numa única conversa, que poucas sessões de terapia transformem a rotina do filho em casa e devolva, ou entregue pela primeira vez, as noites de sono, ou que as finanças se adaptem sozinhas às novas, e não poucas, necessidades da família.

        Não é assim, amigo. O avanço é lento, mas com a mentalidade certa, tudo ganha sentido. A forma mais produtiva é mirar o próximo passo, não o tão “mundo ideal”.

        Na organização financeira, o caminho não é do caos à riqueza, mas do descontrole ao controle. Coloque no papel cada centavo devido, cada custo fixo, cada dívida, cada real que entra ou está programado, esse já é um ótimo primeiro passo.

        Na saúde física, não é do sedentarismo ao bodybuilder, mas da alimentação a base de fritura à comida de verdade e com alguma cor.

        Na relação, não é da briga à lua de mel, mas do conflito da ofensa a comunicação amigável. E eu sei que muitos riram nessa hora achando que não dá mais para voltar a comunicação amigável, mas eu garanto que dá, basta querer e aprender as técnicas certas, muitas delas vamos tratar aqui no Blog.

        Ajuste suas expectativas e crie planos para pequenas vitórias, que é o nosso assunto aqui, e vamos lapidar aquele diamante bruto – um corte de cada vez, com paciência, até brilhar, é isso que faz o verdadeiro valor da pedra.

        Se você também quer dar pequenos passos sem surtar, vem comigo? Inscreva-se na newsletter e vamos descobrir juntos, toda semana, como ser esse “um cara” que dá certo.

        Lembre-se, você não está sozinho, se além de acompanhar nossos posts aqui você quiser conversar, manda um email para mim no endereço goncalves.wainer@gmail.com, me conta como está a sua história, talvez eu tenha um conselho específico para você, mesmo sem aparecer, possa inspirar muitos outros aqui no Blog. 


        E qual pequena vitória você quer tentar? Conta nos comentários – ler você me ajuda a trazer mais ideias próximas a sua realidade.


14/04/25

“4 a cada 5 casais se separam nos primeiros 5 anos após o diagnóstico de atipicidade dos seus filhos. Não quero que você seja um deles.”


        Eu tenho dois grandes desafios aqui. O primeiro é vencer o medo de postar um texto na internet e enfrentar críticas de quem talvez saiba só o óbvio sobre paternidade atípica.

        O segundo é dar a você, que precisa de informação verdadeira, sincera, direto do turbilhão que é ser pai atípico, um conjunto de ferramentas e ideias que, se usadas com intenção e consciência, podem te salvar dessa estatística assustadora: 4 a cada 5 casais se separam nos primeiros 5 anos após o diagnóstico de atipicidade dos seus filhos.

        Eu estava numa palestra sobre o cuidado que igrejas precisam ter para incluir atípicos nos cultos e nas suas agendas. No meio da fala, o palestrante soltou uma bomba: “A cada 5 casais que recebem o diagnóstico de atipicidade do seu filho, 4 se separam nos primeiros 5 anos!”.

        Isso fez um sentido enorme para mim. Sou pai atípico. Benjamin, meu primeiro filho, fará seis anos em abril de 2025. Desde cedo, ele apresenta estereotipias típicas do autismo, como arrumar brinquedos em fileiras, olhar lateralizado, fugir do contato visual – no caso dele, era fugir mesmo, mesmo segurando seu rostinho, ele escapava do olhar como podia. E desde essa época, eu e Rafaella, a mãe dele, enfrentamos um aumento de estresse e animosidade diário. O ambiente em casa fica cada vez mais pesado.

        Quando o palestrante começou a falar como é difícil manter um casamento funcional na atipicidade, eu me vi ali. Mas aquela palestra era sobre autismo na igreja, então ele falou pouco sobre casamento.

        Mas a vida é uma caixinha de surpresas. Pouco depois, encontrei esse mesmo palestrante numa reunião familiar da igreja. Eu, que sou super tímido, decidi vencer a timidez e fiquei do lado dele, esperando uma chance para puxar assunto. “Então, a estatística de divórcio é assustadora!”, joguei. Ele respondeu na hora: “E você sabe quais são os motivos mais comuns? Vida financeira e adultério.” Aquilo me pegou em cheio.

        Eu sabia como estava minha vida financeira. Rafaella trabalhava cozinhando bastante: bolos, caldos, brigadeiros, marmitas… Mas com o nascimento do Ben, tivemos que diminuir o ritmo. E com o diagnóstico, tudo mudou: vieram remédios, terapias, brinquedos especiais. Os custos subiram muito, enquanto o dinheiro encolheu.

        Eu também sabia como estava o clima em casa. Quantas vezes quis não voltar para um ambiente de guerra pura, com brigas e discussões. É fácil entender como alguém pode desejar uma vida menos atribulada. Não estou dizendo que concordo com adultério, mas sei como ele pode te enganar e parecer uma saída fácil.

        Duas frases daquele cara me despertaram para uma verdade: eu não era o único vivendo isso. Não era o único remando contra a maré, sem recursos, num ambiente tão estressante que, às vezes, só queria pular do barco e nadar sozinho para a praia.

        Mas algo não parava de chamar minha atenção: esse “um casal” que deu certo. Esse cara que não quebrou financeiramente. Esse cara que não escolheu trair. Esse cara que fez dar certo.

        O que é preciso para ser esse “um cara”?

        Isso virou meu assunto. Por quê? Porque eu preciso da resposta. Preciso saber como fazer dar certo para salvar minha própria família. E para ajudar outros caras a serem esse “um”.

        Nesse blog, vou compartilhar tudo que venho aprendendo sobre como fortalecer famílias atípicas. Não só para os pais, mas para todos os familiares e amigos, porque vocês são parte da cura. Vamos ver juntos como essas ferramentas podem nos ajudar a gerir melhor:

  1. As finanças: Economizando e aumentando os recursos, como mapear desperdícios, conseguir renda extra, buscar benefícios e descontos, ou até considerar o serviço público para famílias atípicas.

  2. A saúde física: Aqui em casa, se eu ou Rafaella ficamos doentes, a sobrecarga no outro é enorme. Cuidar do corpo é essencial para que a família não sofra.

  3. A saúde emocional: Tudo que você vê, até este texto, é influenciado pelas suas emoções. Ver algo como difícil ou impossível depende de como você se vê e vê o mundo.

        Toda semana, vamos explorar ferramentas novas com o mesmo objetivo: sermos esse “um cara” que deu certo e, quem sabe, mudar essa estatística.


        Você não está sozinho, se além de acompanhar nossos posts aqui você quiser conversar, manda um email para mim no endereço goncalves.wainer@gmail.com, me conta como está a sua história, talvez eu tenha um conselho específico para você e a sua história, mesmo sem aparecer, possa inspirar muitos outros aqui no Blog.



Como Famílias Atípicas Podem Ganhar Dinheiro Online e Lutar por Apoio

            O Paternidade Atípica nasceu para enfrentar a avalanche de divórcios que ameaça casais atípicos no Brasil. Dívidas e infidelida...